A Marcha das Margaridas reuniu, na última quarta-feira (17), cerca de 70 mil mulheres que reivindicavam biodiversidade e democratização de recursos naturais; terra, água e agroecologia; segurança alimentar e nutricional; autonomia econômica, trabalho e renda; saúde pública e direitos reprodutivos; educação não sexista, violência e sexualidade; democracia, poder e participação política.
Com um movimento de tamanha expressão nacional, as mulheres do campo conseguiram conquistar boa parte das reivindicações. A presidente da República, Dilma Rousseff, anunciou a criação de 16 Unidades Básicas de Saúde Fluviais, a construção de 10 Centros de Saúde no Campo da Floresta, implantação do plano cegonha, a realização de campanha nacional contra câncer do colo de útero e mama para as moradoras do campo, além do aumento do limite de crédito agrícola familiar para R$ 200 mil por família.
O presidente da COBAP, Warley Martins, elogiou a marcha e a organização das trabalhadoras, mas considerou gravíssima a falta de reivindicações em defesa dos benefícios previdenciários. “As mulheres são as mais prejudicadas com o fator e a perda nos benefícios. O governo anunciou esta semana que um dos planos de substituição do fator é aumentar de 30 para 37 anos o tempo de contribuição das mulheres. Como deixar passar isso em branco?”, questionou o Warley, lembrando que as mudanças na Previdência vão prejudicar também as aposentadorias rurais.
Apesar da falha grave, o presidente da COBAP parabenizou as Margaridas pelo movimento amplo e organizado e afirmou esperar a defesa das aposentadas do campo na pauta do próximo ano.
FONTE: COBAP
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