Unificar a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e aposentados brasileiros foi o foco da reunião conjunta da COBAP, FST e CSP-Conlutas, realizada hoje em Brasília (DF). Com representantes de diversos setores de trabalho interessados na unidade de bandeiras de luta, a audiência abriu espaço para propostas de ação solidária e planejamento de políticas de reconstrução da Região Serrana do Rio de Janeiro.
Morador de Nova Friburgo (RJ), o professor Sidney Moura relatou no início da reunião que a tragédia exibida pela mídia não transmite metade do sofrimento e dificuldade que as pessoas estão passando. “Precisamos pressionar o governo porque existem pessoas que ainda pensam em lucrar com a tragédia reconstruindo casas, por exemplo. Se não tomarmos atitude, no próximo verão teremos uma tragédia ainda pior do que essa”, disse Moura, emocionado.
Na avaliação do diretor da COBAP, Josias de Oliveira Melo, uma ação solidária nesse sentido é também uma unificação de luta. Josias falou da dificuldade de viver como aposentado num País que não respeita nem os próprios trabalhadores. “Acredito que a unidade de bandeiras de luta trará forças para todos os segmentos. Nossos benefícios previdenciários são achatados a cada ano com o reajuste do mínimo e a tendência é acabar com a aposentadoria, que o governo trata como um peso para a Previdência” desabafou Josias. O secretário-geral da COBAP, Moacir Meirelles, também participou da reunião.
Visando construir um “espaço de unidade e ação”, novo encontro conjunto entre os representantes da classe trabalhadora e aposentados já foi marcado para o dia 16 de fevereiro, em Brasília.
1- Contra a Reforma da Previdência / Fim do Fator Previdenciário / Recomposição do valor das
aposentadorias e seu reajuste conforme o salário mínimo / Defesa da Previdência Social pública;
2- Defesa dos direitos trabalhistas e sindicais / Regulamentação do artigo 7° e 8° da CF /
Aprovação da convenção 158 da OIT - Proibição da demissão imotivada / Regulamentação e
proteção do direito de organização nos locais de trabalho;
3- Fim da Portaria 186 e da interferência do Ministério do Trabalho nas entidades sindicais, que
tem sido usada para dividir organizações dos trabalhadores;
4- Fim à repressão e à criminalização dos movimentos sociais / pleno direito de greve para todos
os trabalhadores - da iniciativa privada e servidores públicos;
5- Intensificação da luta nacional e urgente, pela redução da jornada de trabalho, sem redução dos
salários e sem banco de horas;
6- Defesa dos serviços e dos servidores públicos / Aprovação da Convenção 151 da OIT pelo
Congresso Nacional, assegurando-se o direito dos servidores públicos à negociação coletiva e
livre organi?ação nos seus sindicatos;
7- Reforma Agrária já! / Por uma política agrária e agrícola voltada para a priorização da produção
de alimentos e contra a monocultura e em defesa da agricultura familiar;
8- Moradia digna para todos / Reforma Urbana concebida em base aos interesses da população;
9- Educação e saúde pública e de qualidade para todos,
10- Defesa do meio ambiente;
11- Defesa da volta do monopólio estatal do petróleo e de-uma Petrobrás 100% estatal;
12- Contra toda forma de opressão a Mulher, Negro, Homossexual, Nordestinos, índios,
Kilombolas, sub-empregados e trabalhadores sem direito, contra os despejos e remoção de
famílias;
13- Fim da Alta Programada na Previdência;
14- A favor de uma Política Unificada de valorização do salário dos Aposentados;
15- Rejeitar a PEC 233/2008 - Reforma Tributária (ela acaba com o Orçamento da Seguridade
Social)
16- Auditorias da Dívida Pública, Diminuição dos Juros e Fim do Superávit Primário - Dinheiro da
Dívida ir para financiar a Saúde Pública
17- Contra todos os processos de privatização dos Serviços e Empresas Públicas;
18- Correção da Tabela do Imposto de Renda
19- Combate a avaliação de desempenho e contra a terceirização do serviço público nacional,
estadual e municipais;
20 - Democratização dos Meios de Comunicação.
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