quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Presidente da Força Sindical admite possibilidade de derrota na votação do mínimo

Isabel Braga
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Paulinho da Força, após uma das reuniões para discutir o mínimo - Foto de Givaldo Barbosa
BRASÍLIA - Apesar de dizer que vai lutar até o final para garantir aprovação do mínimo de R$ 560, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, já admite a dificuldade de vencer o governo na votação do projeto nesta quarta-feira. ( Leia também: Câmara aprova urgência para tramitação do projeto do mínimo )
- Acho muito difícil ganhar do governo. Para ganhar do governo é preciso dormir 18 dias na Praça - disse Paulinho, em referência aos 18 dias de protestos que derrubou o ex-presidente do Egito Hosni Mubarak.
Paulinho avisou, no entanto, que se houver derrota na Câmara a briga continua no Senado:
Acho muito difícil ganhar do governo
- Se não ganharmos aqui passamos para o Senado.
O presidente da Força Sindical descartou ter ouvido qualquer ameaça da presidente Dilma Rousseff de que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente licenciado do PDT, poderia ser demitido caso o partido não apoiasse o governo. Em reunião com a bancada, Lupi não se empenhou para enquadrar o PDT para aderir ao mínimo de R$ 545.
- Para nós, não (ninguém fez essa ameaça). A Dilma não falou isso com o Lupi. O Gilberto (Carvalho, secretário-geral da Presidência) disse que não tem esse clima de Copa do Mundo.
Na opinião de Paulinho, o governo pode ganhar na Câmara, mas poderá perder simpatia entre a população mais pobre que depende de um salário mínimo. Para ele, isso deve refletir nas primeiras pesquisas de avaliação do governo Dilma.


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