quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Governo e centrais negociam hoje reajuste do mínimo e correção do IR



Pauta da reunião inclui aumento para aposentados, jornada de 40 horas e fim do fator

Brasília - Hoje, à tarde, a pedido da presidenta Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, receberá representantes das seis centrais sindicais para discutir questões defendidas por trabalhadores e aposentados do INSS. O governo oferece um salário mínimo de R$ 545, 6,41% para aposentados acima do piso nacional e reajuste de 6,46% da tabela do Imposto de Renda.
Arte: O DiaTrabalhadores defendem mínimo de R$ 580, aumento de 10% para aposentados e reajuste de 6,5% da tabela do IR. Propõem ainda jornada semanal de 40 horas (em lugar das 44 horas atuais) e o fim do fator previdenciário.
Ontem, parlamentares e representantes das centrais criticaram não só a proposta do governo, mas também sua divulgação prévia, antes da mesa de negociação. “Divulgar valores sem conversar com interlocutores dificulta negociações. Isso é o que chamamos de queimar propostas”, disse o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, que vai ao encontro.
“PROPOSTA INACEITÁVEL”

O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que a proposta de troca do mínimo pela correção da inflação da tabela do IR é inaceitável. “Corrigir a tabela pela inflação passada é uma obrigação do governo. A lógica não deve ser a de tirar do miserável para o pobre, ou do pobre para a classe média”, argumentou.

Presidente do Sindicato dos Aposentados da Força Sindical, João Batista Inocentini explicou que sindicalistas chegam pedindo R$ 580 para o mínimo, contra R$ 545 oferecidos pelo governo: “Aposto em R$ 560. E aposentados devem ficar com algo em torno de 7%. Trabalhadores querem correção da tabela do IR, mas, para aposentados, vamos pedir a isenção de IR até o teto”.
Líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) acha arriscado alterar a política de reajustes do mínimo (variação do PIB dos dois anos anteriores mais a inflação do ano anterior). “Qual a importância dessa política? Dar previsibilidade para asociedade”, justificou o parlamentar.

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