sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Batido o martelo: salário mínimo será de R$ 545 a partir de março



Soldados e dirigentes da COBAP ficam até às 23 horas no Senado
Por Richard Casal
 
Decepção! Essa simples palavra retrata o sentimento de indignação de milhões de trabalhadores e aposentados brasileiros para com a maioria dos senadores da República, que aprovaram por maioria de votos na noite desta quarta-feira a fixação do salário mínimo nacional em R$ 545,00 e a política de reajuste até 2015.
O debate sobre o valor do salário mínimo nesta terça-feira começou antes mesmo da ordem do dia: os senadores se sucederam na tribuna, criticando ou apoiando a proposta do governo, por fim vencedora.
Os parlamentares da base e da oposição se revezaram na tribuna para discutir o PLC 1/11, assistidos por centenas de representantes da COBAP e das centrais sindicais, que ocuparam as galerias do Plenário. Foram sete horas de discussão e muito bate-boca.
A votação do texto-base foi simbólica, sendo que três emendas ganharam destaques e votações separadas, sendo todas rejeitadas. Duas haviam sido propostas pelo PSDB - que fixava salário de R$ 600 (placar: 55 votos contra, 17 a favor e cinco abstenções) e o fim da previsão de ajuste do mínimo por decreto presidencial (placar: 54 votos contra, 20 a favor e três abstenções) - e uma pelo DEM, que pretendia o reajuste de R$ 560 (placar: 54 votos contra 19 a favor e quatro abstenções).  
Muitíssimo pressionado, o senador Paulo Paim (PT-RS) manifestou voto favorável ao projeto do governo, em razão da política de reajuste contida no texto e da promessa da presidente da República, Dilma Rousseff, de valorizar também as aposentadorias, criando uma alternativa para o fator previdenciário.

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